The Femininity of the Serpent

Subversion, Symbolism, and Suggestion at the End of the 19th Century

Authors

DOI:

https://doi.org/10.13135/2384-8987/5801

Abstract

The serpent has been arguably one of the animals whose symbolic meanings varied little during the history of Western imaginary. Known as serpent, snake, viper, or asp, this reptile has marked its territory, perhaps owing to its capacity for rousing fear. Usually regarded as suspicious since the biblical Eden, it has become the sign of evil throughout different cultures and ages. At the end of the 19th century, nevertheless, the serpent imagery acquired a subtly different connotation: whenever its negative aspects were employed, they were subverted so as to become a positive quality, following the thought pattern in the contemporary literature, in which, for instance, death could be seen as desirable. The serpent, then, was thus associated with the female and, more specifically, with femininity, which turned the symbol into a sign of mystery, danger, and sensuality. It was no coincidence that the serpent was one of the animal figures most employed by Charles Baudelaire, whose work features the representation of unusual, transgressive female figures. Therefore, the serpent became an important image to Symbolist and Decadent poets, who sought in the Baudelairian "flowers" figures from which to draw inspiration. Among Portuguese-speaking writers were Camilo Pessanha, Eugénio de Castro, and Cruz e Sousa, whose works abound in sinuous snake figures. Having this context as a starting point, this paper aims to map the presence of serpents in the late 19th-century francophone and lusophone poetry, as well as discuss whether their representation was renovated or drawn from the earlier tradition.

Author Biography

Bruno Anselmi Matangrano, Universidade de São Paulo (USP)

Bruno Anselmi Matangrano é pesquisador, editor e tradutor. Bacharel em Letras (português-francês), Mestre e Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), suas pesquisas se concentram sobre a literatura e a arte simbolista e decadentista, produzidas no Brasil, em Portugal, na França e na Bélgica, assim como sobre as vertentes do insólito ficcional, em geral. Dedica-se também às teorias e representações dos animais e dos monstros na literatura e em produções audiovisuais. Foi bolsista FAPESP de Iniciação Científica entre 2008 e 2011, e de Mestrado entre 2011 e 2013. No Doutorado, sua pesquisa foi apoiada pelo CNPq entre 2014 e 2018, que também concedeu bolsa de Doutorado Sanduíche no Exterior, onde foi efetuada pesquisa junto à Universidade de Lisboa, entre 2015 e 2016. É membro dos grupos de pesquisa POEM (Poéticas e Escritas da Modernidade), da USP, e Nós do Insólito: vertentes da ficção, da teoria e da crítica, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), assim como do LÉA (Lire en Europe Aujourd'hui), rede de pesquisa internacional da Universidade de Lisboa (FLUL) e do Laboratório de Estudos de Poéticas e Ética na Modernidade (LEPEM), da USP. Desde 2012, é coeditor da revista científica Non Plus, do Programa de Estudos Linguísticos, Literários e Tradutológicos em Francês da USP, tendo sido coeditor da revista Desassossego, do Programa de Literatura Portuguesa da USP, entre 2012 e 2019, atuando também como parecerista de vários outros periódicos. Já publicou vários artigos, traduções e contos em revistas, jornais e obras coletivas e organizou coletâneas de contos de literatura brasileira contemporânea policial e fantástica. É autor do livro Contos para uma noite fria; (Llyr Editorial, 2014) e, com Enéias Tavares, de Fantástico Brasileiro: o insólito literário do romantismo ao fantasismo (Arte & Letra, 2018), resultado do projeto de pesquisa e extensão "A História do Insólito na literatura brasileira", da Universidade de Santa Maria (UFSM), do qual também deriva uma exposição itinerante.

Published

2021-06-30

How to Cite

Anselmi Matangrano, B. (2021). The Femininity of the Serpent: Subversion, Symbolism, and Suggestion at the End of the 19th Century. RiCOGNIZIONI. Rivista Di Lingue E Letterature Straniere E Culture Moderne, 8(15), 63–86. https://doi.org/10.13135/2384-8987/5801

Issue

Section

CrOCEVIA